a) Retardo mental leve: representa a grande maioria dos
casos de retardo mental, correspondendo a algo em torno
de 75 a 85% de todos os casos. Na maioria das vezes, só
é identificável na idade escolar, quando as dificuldades do
indivíduo retardado podem ser percebidas. Até então, na
faixa de zero a cinco anos, o retardo pode passar
despercebido e a criança comumente é tratada como
normal, já que suas limitações sensório-motoras são
mínimas, permitindo o desenvolvimento da fala, da marcha
e o controle de esfíncteres.
b) Retardo mental moderado: corresponde a cerca de três
a quatro por cento (3 a 4%) dos casos. O quadro
apresentado por esses indivíduos pode ser visto como um
agravamento do quadro apresentado pelos portadores de
retardo moderado, o que possibilita uma precocidade
ainda maior no diagnóstico. Em geral, não alcançam uma
comunicação verbal satisfatória na infância, época em que
apresentam um fraco desenvolvimento da atividade
motora. O rendimento escolar não ultrapassa os
ensinamentos correspondentes a uma fase pré-escolar e,
na idade adulta, conseguem realizar apenas tarefas
bastante simples, ainda assim sob supervisão direta,
necessitando até mesmo serem vestidos e auxiliados em
sua alimentação e higiene corporal.
c) Retardo mental grave ou severo: corresponde a
aproximadamente 10% de todos os casos de indivíduos
retardados e, na maioria dos casos, é possível a
descoberta de uma causa biológica. Apesar de a maioria
de seus portadores conseguir desenvolver recursos de comunicação durante os primeiros anos da infância, este
desenvolvimento ocorre de forma mais lenta e mais
limitada do que nos casos de retardo leve, o que
proporciona um diagnóstico mais precoce. Observa-se
também uma lentidão e limitação no desenvolvimento dos
cuidados pessoais e da atividade motora, sendo ainda
comum a ocorrência de transtornos neurológicos, o que
exige uma supervisão de terceiros que pode se prolongar
por toda a vida.
d) Retardo mental profundo: corresponde a cerca de um a
dois por cento (1 a 2%) dos casos. Seus portadores
necessitam de supervisão constante e definitiva, devido às
enormes limitações que apresentam em funções
elementares, como mobilidade e comunicação, não
conseguindo nem mesmo realizar as necessidades
fisiológicas. A maioria deles sofre de alguma doença
neurológica responsável pelo retardo. Muitos deles são
imóveis, incapazes de entender o que lhes é solicitado e
comunicam-se de forma bastante rudimentar. Estima-se
que o QI dos indivíduos com este nível de retardo esteja
acima de 20.
e) Nenhuma das alternativas.